Review: "A World Without A Mercy" - Helltern

Apesar do ano caótico por conta da pandemia, 2021 tem reservado excelentes momentos na cena nacional com inúmeros lançamentos de altíssima qualidade. E A World Without A Mercy (via FHS - Independente), primeiro álbum dos curitibanos do Helltern, está entre lançamentos que merecem destaque. 

Tendo como cabeças os músicos Maurício Heibel (guitarra/vocal) e Aly Fioren (guitarra/baixo), o Helltern executa um heavy metal simples e direto com uma latente influência dos anos 1980. No decorrer do álbum encontramos referências a Judas Priest, Iron Maiden, Saxon, Accept Dio

Composto por oito faixas, A World Without A Mercy é "uma reflexão sobre o que o ser humano é capaz para atingir seus objetivos". Para isto, Heibel passeia por temas já bem conhecidos no universo heavy metal como a II Guerra Mundial e a Condessa Elizabeth Bathory. 

Musicalmente o trabalho entrega o que promete: muito metal oitentista e muita simplicidade nas composições. Slaves Of Religion com sua dinâmica à la Judas Priest exemplifica bem a música praticada pelo Helltern, que tem seu line-up completo com Jeff Verdani (bateria) e Andrey Fillies (guitarras). 

Hope certamente estará na minha lista de melhores do ano. Com uma interessantíssima linha vocal, a música tem um refrão simplesmente apoteótico - e que gruda de imediato! Outra que merece um destaque individual é Bloody Beauty. Versando sobre as peripécias diabólicas da Condessa Elizabeth Bathory, a música tem riffs grandiosos. 

De uma maneira geral, o disco merece atenção pelo trabalho apurado na composição dos riffs e arranjos. As melodias vocais são impactantes e, assim como os refrãos, grudam de imediato. É um álbum que basta ouvir uma vez para sair por aí cantarolando as harmonias. 

Outros destaques são Decline Of Mankind, Breath Of Death, Blood Sea e End Of Chaos.

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