Antes de tudo, um ponto precisa ficar bem claro: o tamanho de Max Cavalera no metal mundial é indiscutível. Seja no período jurássico com o Sepultura, a sequência da carreira com Soulfly e Cavalera Conspiracy, Max sempre faz aquilo que ele nasceu pra fazer; que é tocar metal.
Agora o lendário vocalista/guitarrista une forças com o filho - e também guitarrista/baixista - Igor Amadeus Cavalera e com Zach Coleman (bateria) para mais um capítulo na sua vasta história. Assim, durante a pandemia, nasceu o Go Ahead And Die. O power trio acaba de lançar o debut autointitulado pela Nuclear Blast.
Quando o álbum começa a rolar parece que estamos diante de uma pérola perdida do metal oitentista. Tem de tudo: proto-death, thrash, punk/crust e muita, mas muita, influência de Tom G. Warrior, com pitadas de Hellhammer e Celtic Frost em vários momentos do álbum. O som é brutal, poderoso e primitivo como nos tempos idos do metal.
Truckload Full of Bodies abre o álbum com riffs que saíram diretamente dos porões dos anos 1980, assim como em Punisher - essa com um ar de Sepultura no Morbid Visions/Bestial Devastation. I.C.E. Cage é caótica do início ao fim com passagens de baixo influenciadas pelos mestres do punk. Em G.A.A.D., faixa que leva o nome da banda, e em Roadkill, fica evidente toda a influência de Hellhammer e Celtic Frost no som.
Eu poderia escrever sobre cada faixa do disco, mas, assim como Max, vou simplificar as coisas. Apenas ouça o disco. Todos sabemos da capacidade e genialidade do Cavalera, mas isto ficou ainda mais explícito aqui. As músicas soam simples, sem exageros e complicações desnecessárias. Metal e ponto.
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