Quando dei o play neste The Lightbringer (via Ossuary Records), primeiro álbum dos poloneses do Ironbound, pensei: "ok, mais uma banda ultra influenciada pelo Iron Maiden". Até aí tudo bem. Mas quando entrou o vocal... surpresa geral: o cara soa como ninguém menos que Blaze Bayley!
É fato que Łukasz Krauze (vocal), Krzysztof Całka e Michał Halamoda (guitarras), Zbigniew Bizoń (baixo) e Adam Całka (bateria) não querem reinventar a roda e muito menos o metal. Por isso, tudo aqui vai soar como algo que já ouvimos antes. Diante disso, o álbum deve ser visto como algo despretensioso.
Como já citado, o Iron Maiden é a principal referência. E está tudo aqui: guitarras com melodias geminadas, riffs galopantes, bateria acompanhando as harmonias com o condução no ride, baixo estalando e o timbre do Bayley. Tinha tudo para dar errado, mas é estranhamente viciante. Até a capa do álbum faz referência do clássico Somewhere In Time.
Foto: Divulgação |
Ok, também tem influências de outras bandas como o Primal Fear. Duvida? É só escutar The Witch Hunt. O refrão me remeteu à Silver and Gold de imediato. Além disso, o instrumental tem uns vestígios de Final Embrance. Outra com uma pegada que lembra muito os alemães é Light Up The Skies.
Mas é quando se inspira no Iron Maiden que o Ironbound fica legal. As referências são intermináveis, como as guitarras à la The Clansman em When Eagles Fly. A chance de ouvir Smoke And Mirrors e não associar com Dream Of Mirrors é nula. Já Children Left By God tem traços de The Red And The Black e When The River Runs Deep; e The Turn Of The Tide que não tem a menor vergonha de querer ser "a nova Blood Brothers"?
Eu não sei o que você vai achar, amigo leitor. Mas eu achei The Lightbringer um ótimo álbum. Sem grandes pretensões e sem maiores ousadias. Apenas entretenimento puro.
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