Review: "Blood In The Water" - Flotsam and Jetsam

Quando o headbanger se depara com o nome do Flotsam and Jetsam, inevitavelmente a primeira lembrança é do mítico Doomsday For The Deceiver (1986). Fato é, também, que desde então a banda tem quebrado ossos com seus lamentos ao longo da carreira. E essa máquina de moer segue ativa em Blood In The Water (via AFM Records), novo álbum dos americanos. 

Trazendo o que há de melhor entre o thrash e o speed metal, o quinteto formado por Eric A.K. (vocal), Michael Gilbert e Steve Conley (guitarras), Bill Bodily (baixo) e Ken Mary (bateria) mostra que a banda segue com o metal correndo na veia. Mas não espere algo primitivo vindo direto dos anos 1980. O som executado pelo Flotsam and Jetsam evoluiu e está com uma roupagem e produção mais moderna. 

A vigorosa faixa-título abre o disco com riffs selvagens e uma bateria alucinante. Não é nenhum exagero vislumbrar a galera dando mosh nos shows. A carnificina humana segue em Burn The Sky, com uma emocionante interpretação de A.K. no refrão. The Walls é outra que agrada pela pegada mais tradicional. E o moedor de ossos - e carne - segue a todo vapor no decorrer do disco!

A "balada" despretensiosa Cry For The Dead faz o banger respirar e recarregar as baterias antes da porradaria voltar a comer solta em The Wicked Hour e Gray Dragon. Outros destaques são Reagression e a apoteótica Seven Seconds 'Til The End Of The World.

Sem grandes pretensões - afinal, os americanos não pretendem reinventar a roda -, Blood In The Water é ótimo exemplo de que as bandas clássicas ainda têm muita lenha para queimar. E é isto que o Flotsam and Jetsam nos apresenta aqui: um disco de metal. Simples assim. 

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