Passados 10 dias após o lançamento, finalmente pude "colocar as mãos" em The Age Of The Offended (via Nuclear Blast/Shinigami Records), novíssimo play do Cadaver, e ouvi-lo. Sexto álbum de estúdio da banda liderada pelo vocalista/guitarrista Anders Odden, o trabalho aponta para um horizonte em que o death metal e o psicodélico se encontram.
Formado em 1988 na Noruega, o Cadaver conquistou status de cult com o lançamento do debut Hallucinating Anxiety, em 1990. Após dois anos e com grande destaque na cena, a banda disponibilizou ... In Pains, mas encerrou sua primeira encarnação naquele mesmo ano. A volta se deu em 1999 sob o nome Cadaver Inc (bem original, não?), embora não tenha durado muito tempo - indo até 2004.
Passado um hiato de cinco anos - e com a "ajuda" do baterista Dirk Verbeuren (Megadeth) - o Cadaver retornou do mundo dos mortos com o excelente Edder & Bile, e segue caminhando entre nós no mundo dos vivos com o recente The Age Of The Offended. E já adianto aos senhores: este álbum é um verdadeiro tsunami sonoro!
>> Resenha: "The Sick, The Dying... And The Dead!" - Megadeth
A intrigante Sycophants Swing funciona como um aquecimento perfeito para o álbum. Mesclando o caos tradicional do metal com a sutileza do jazz - o trombonista Svein Johannessen e o tecladista Oivind Senander participam da anarquia -, a música prepara o terrano para Postapocalyptic Grinding, dona de um riff assombroso, e para a eletrizante Scum Of The Earth.
Uma faixa que merece destaque individual é Death Revealed. A música carrega o peso e agressividade do blackened death metal com linhas harmônicas de guitarra que aproximam o Cadaver das bandas que fazem parte da nova onda do black metal. Para mim, a melhor do disco! Nessa mesma linha, encontramos The Sicker, The Better. Além dessas, outras faixas que merecem destaque são The Drowning Man, Deadly Metal e Freezing Isolation.
Entre tantas idas e vindas nesses 35 anos de carreira, o Cadaver prova que está mais vivo do que nunca com The Age Of The Offended.
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