Assim como na cena americana, o thrash metal alemão tem um "clube do bolinha" pra chamar de seu. Formado por bandas como Kreator, Destruction, Sodom e Tankard - que conquistaram seus postos com os devidos méritos -, alguns nomes correram por fora e, com muito trabalho, conquistaram um status de cult na cena. Este é o caso do Holy Moses, que encerra quatro décadas de serviços prestados ao metal com Invisible Queen (via Shinigami Records).
Cultuado pelos thrash maníacos por conta do som altamente técnico e multifacetado, o Holy Moses usa e abusa dessas características ao longo das 12 faixas do disco. Enquanto a vocalista Sabina Classen vocifera com a elegância de sempre, seus comparsas - Peter Geltar (guitarra), Thomas Neitsch (baixo) e Gerd Lücking (bateria) completam o line-up - preparam o terreno com riffs poderosos uma cozinha cheia de groove.
Com um trabalho exuberante de Geltar nas guitarras, Downfall of Mankind abre o disco com uma faixa puramente técnica. A brutalidade toma o disco de assalto em Cult of the Machine, Order out of Chaos e Invisible Queen - é possível vislumbrar as imensas rodas quando estas forem tocada ao vivo. Visions in Red é outra pedrada que merece destaque.
A festa de despedida do Holy Moses contou com convidados de peso para celebrar este último capítulo da sua história. Como bônus, a banda reuniu nomes como Bobby Ellsworth, Diva Satania, Tom Angelripper e etc. em uma regravação do álbum que recebeu o título de Invisible Friends. Uma sacada para lá de genial!
Décimo segundo e último álbum de estúdio do Holy Moses, Invisible Queen pode não figurar na prateleira de clássicos como Finished With The Dogs (1987), The New Machine Of Liechtenstein (1989), World Chaos (1990) e Terminal Terror (1991). No entanto, basta uma única audição para cravar que, sendo um trabalho de despedida, este é um baita disco.
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