Review: "Chthonic Wrath" - NervoChaos

Lenda viva do death metal nacional e inquietos por natureza, o NervoChaos lançou o novíssimo Chthonic Wrath (via Tumba Records/Voice Music/Xaninho Discos). Décimo primeiro álbum de estúdio da banda paulista, o trabalho sucede o aclamado All Colours of Darkness (2022). 

Uma coisa que chama atenção logo de cara em Chthonic Wrath é o timaço que trabalhou com o NervoChaos na gestação desta pedrada. Gravado no Abracadaver Studio (SP), a produção ficou a cargo da dupla Addasi Adassi e Adriano Daga. A mixagem e a masterização têm a assinatura do Brendan Duffey.

Somando isto à competência inquestionável do NervoChaos no quesito composição e execução técnica das músicas, o resultado alcançado em Chthonic Wrath é extraordinário. Composto por 14 faixas, o álbum sintetiza tudo aquilo que se espera de um disco de death metal: agressividade, técnica apurada, riffs pesados e rápidos, uma cozinha coesa e vocais transbordando brutalidade. 

Desde o urro assombroso de Brian Stone (que a cada novo trabalho tem mostrado uma extrema sintonia junto à banda) em Son of Sin, passando pela acústica Tomb Mold (um momento de "paz" no meio de tanto caos), pela obscura Lullaby of Obliteration e culminando na selvageria em Arrogance of Ignorance e em Perpetual War, o NervoChaos mostra um incessável apetite em produzir música extrema. 

Com quase três décadas na ativa, turnês mundo afora e uma discografia cultuada pelos fãs, o NervoChaos mantém a chama do death metal acesa e exibe em Chthonic Wrath o que ele tem de melhor. 

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