Por mais redundante que isso possa soar, o Bode Preto tem feito muito barulho na cena underground. Agora, com o terceiro full batizado de Goat Spells (via Zeekingztar Records), a horda consolida seu nome como um dos mais perversos na música extrema.
Com a produção assinada por Josh Krigg, o disco foi gravado em diferentes partes do País, como Teresina/PI (terra natal do Bode Preto), Florianópolis/SC e Belo Horizonte/MG. A mixagem ficou a cargo de Ajeet Gill, que já havia trabalhado com a banda em 2012 no álbum Inverted Blood.
Executando black metal cru, ríspido, sujo e profano, o trio formado por Krigg (vocal/guitarra), Rodrigo Magalhães (baixo/vocal) e Adelson Souza (bateria) ganhou fãs do quilate de Fenriz (DarkThrone) e Bill Ward (Black Sabbath).
E se pessoas tão ilustres têm reverenciado a música do Bode Preto, é porque essa reverência é mais que merecida. A banda carrega no som toda a áurea sinistra do black metal primitivo de outrora. É possível encontrar influências de Sarcófago, Mayhem e Funeral Goat no decorrer do disco.
Individualmente, cada músico contribui para que o álbum soe o mais maligno possível. Enquanto executa riffs assombrosos, Krigg vocifera de forma atroz contra a humanidade enquanto Rodrigo e Adelson preparam o terreno para o armagedom com uma cozinha muito certeira.
Conforme dito no início do texto, Goat Spells sacramenta ainda mais o Bode Preto como um dos grandes na arte obscura.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!