Andre Matos - Maestro do Rock: A História Real de uma Estrela do Rock que nunca quis ser uma Estrela

Em evento organizado pela Be Magic Produções, o filme Andre Matos - Maestro do Rock: A História Real de uma Estrela do Rock que nunca quis ser uma Estrela foi exibido nesta sexta-feira (19), no Rio de Janeiro. Com direção de Anderson Bellini, o longa - dividido em quatro partes - retrata a vida e obra deste importantíssimo nome da música que nos deixou precocemente aos 47 anos em 2019. 

O EVENTO 

O local escolhido para o evento foi o teatro Solar de Botafogo, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Bastante intimista, o espaço teve boa parte das cadeiras ocupadas por fãs do Andre. Apesar do já tradicional atraso para abertura dos portões - estava previsto para às 18h, mas só abriu quase 19h - os fãs foram muito bem recepcionados e  foram presenteados com um pôster do evento autografado pelo diretor. 

Antes do início da sessão, Bellini subiu ao palco e conversou com a plateia. Anderson explicou o porquê de ter feito esse filme, além de contar alguns percalços envolvendo a produção. Por volta de 19h30 as luzes se apagaram e o filme começou. 

O  FILME 

Feito de fã para fã, o filme apresenta Andre Matos na sua mais pura essência. Avesso à fama e muito reservado, o Maestro sentia-se incomodado com o estrelato e os "benefícios" que isso lhe trazia.  Apesar de não querer, Andre era, sim, uma estrela do rock. 

Esta primeira parte mostra a infância do garoto que aprendeu a ler sozinho, com quatro anos de idade, e passou a se interessar por música clássica muito cedo. O filme passa pela descoberta do rock/heavy metal pelo adolescente Andre e retrata a ascensão meteórica com o fenômeno Viper. O famoso episódio da tocha que quase incendiou o tradicional Colégio Rio Branco (SP) está no filme. 

Rico em depoimentos e muito bem ilustrado com imagens, o filme traz o momento crítico que foi a saída do Viper. Mesmo com o sucesso no metal, Andre queria ser um pianista clássico e erudito. Em busca disso, foi para a faculdade de Música onde esticou o período de estudos - de três para seis anos - e saiu de lá bacharel em Regência Orquestral e Composição Musical. 

Com um gostinho de "quero mais", essa primeira parte do filme se encerra com Andre tocando o início de Carry On no piano... 

ATRASO NA SEGUNDA PARTE 

Encerrada a sessão, Bellini voltou ao palco para falar novamente com o público. Sempre muito transparente e honesto, o diretor abordou nessa segunda entrada as dificuldades que encontrou para a realização do projeto. O primeiro empecilho, aliás, diz respeito à segunda parte do documentário. 

Previsto para dezembro deste ano, o filme teve sua estreia suspensa. Anderson explicou que ainda faltam algumas questões burocráticas a serem resolvidas antes dos lançamento. *

[*Errata: na primeira versão do texto publiquei uma informação INCORRETA sobre uma fala do diretor. O mesmo me procurou para esclarecer o que realmente havia sido dito e o trecho foi corrigido. Minhas sinceras desculpas pelo erro]

E para preencher esse vácuo deixado pelo filme que não virá, Bellini anunciou que a primeira parte será lançada em formato físico em um box recheado de souvenires - nos moldes dos lançamentos recentes do Shaman e do Edu Falaschi - no qual a arrecadação será utilizada para sanar problemas com direitos autorais etc. 

A EXPOSIÇÃO 

Após a exibição do filme e a conversa com o diretor, os fãs tiveram acesso a itens pessoais de Andre Matos que foram expostos na entrada do teatro. Além de fotos recém descobertas por Bellini e as clássicas camisas de goleiro do Rock Gol. Os itens que mais me chamaram a atenção foram o cinto e o bracelete que Andre comprou para o seu primeiro ensaio com o Viper. 

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O 19 de novembro ficará na memória dos fãs presentes como uma belíssima noite em homenagem à vida e obra de Andre Matos. Parabenizo ao Anderson Bellini pelo excelente filme e à Be Magic Produções pela organização do evento.