Para uma boa parcela dos que acompanham esta resenha, Blaze Bayley será lembrado apenas como "o pior vocalista do Iron Maiden". Além de ser uma afirmação cretina - a qual eu quando jovem repeti várias vezes, essa história precisa ser superada por aqueles que relutam em superar. Lá se vão mais de 20 anos e desde então Blaze mantém uma solida carreira solo, lançando discos bem recebidos pelo público e pela crítica.
Blaze Bayley chega, então, a seu 10º trabalho de estúdio. Batizado de War Within Me (via Blaze Bayley Recordings), o disco prima pela simplicidade. Um genuíno álbum de heavy metal sem firulas, sem complexidades e sem maiores pretensões. Bateria, guitarra, baixo, vocal e muito amor pelo metal - algo que Blaze sempre deixou muito explícito ao longo da carreira. Apenas isso.
Dono de uma voz única, o vocalista reina de forma soberba em músicas escritas exclusivamente para ela. E Bayley parece ter encontrado seu parceiro ideal de composições: o guitarrista Chris Appleton. A parceira é tão boa que ambos assinam a produção do disco em conjunto. War Within Me soa tão redondinho que deixa a sensação de quero mais quando termina - isto pra mim é sinal de álbum bom.
Musicalmente War Within Me é um disco muito vivo, pulsante e empolgante. São 10 faixas com a duração certa de tempo, sem exageros e sem espaço para invencionices. Um exemplo dessa empolgação é a faixa-título que abre os trabalhos. O riff inicial é sensacional! 303, a música seguinte, tem muito de Judas Priest no seu andamento. Em Warrior, Blaze desfila toda sua potência vocal em uma canção forte.
A dobradinha Witches Night e 18 Flights poderia ser a cereja do bolo não fosse a trinca que vem logo na sequência. De forma exuberante, Blaze abre espaço no no disco para falar de personalidades importantíssimas da Ciência nas músicas The Dream Of Alan Turing, The Power Of Nikola Tesla e The Unstoppable Stephen Hawking. Se vivos fossem, certamente ficariam felizes com a homenagem.
No apagar das luzes, Every Storm Ends fecha War Within Me com uma interpretação muito emocionante de Bayley ao longo da canção. Destaque para os solos de Appleton transbordando feeling e o famoso "ô-ô-ô" que gruda de imediato.
Bem, a única coisa que me resta a fazer no fim deste texto é agradecer Blaze Bayley pela diversão com a audição de War Wihtin Me. Obrigado, Blaze.
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