Review: "Violence Unimagined" - Cannibal Corpse

É fato que o Cannibal Corpse adquiriu um status em que não precisa provar mais nada com sua música. Baluartes da arte gore, os americanos chegam ao seu 15º álbum de estúdio intitulado Violence Unimaginad. O trabalho foi lançado pela Metal Blade Records e chega ao mercado nacional pelos selos Rock Brigade Records, Voice Music e Xaninho Discos. 

Em de 30 anos de carreira, a banda coleciona polêmicas: álbuns banidos ao redor do globo, artes censuradas e uma infinidade de músicas abordando os temas mais sujos que você possa imaginar. Ainda sim seria possível uma violência inimaginável como o título sugere? O disco nos prova que sim.

Esta, convenhamos, é uma tarefa fácil para estes indivíduos que compõem o mais o alto escalão da insanidade. Alex Webster (baixo), Paul Mazurkiewicz (bateria), Rob Barrett (guitarra), George "Corpsegrinder" Fisher (vocal) e o novato Erik Rutan (guitarra) nos brindam, em Violence Unimaginad, com a destruição e pancadaria padrão do Cannibal Corpse. 

Esmagando nossa cara com um martelo, o álbum abre com a poderosa Murderous Rampage. A sequência com a caótica Necrogenic Resurrection é para deixar cada osso quebrado. Pesada e arrastada, Inhumane Harvest é a trilha perfeita para sermos devorados por vermes. O mesmo vale para Condemnation Contagion. 

Capa alternativa do álbum

Ao longo de todos esses anos a banda subiu o sarrafo no que diz respeito à técnica empregada nas músicas. Embora todos sejam excelentes músicos, George "Corpsegrinder" merece um destaque maior. O vocalista atingiu um nível absurdo sendo, sem exagero, a maior voz dentro do death metal. 

Surround, Kill, Devour deixa nossa mente desfigurada com seu ótimo refrão. O sofrimento perverso através de Ritual Annihilation é certo. E se em 1996 o Cannibal Corpse nos apresentou às terras sangrentas, Follow The Blood é uma maneira de encontrá-las? Cuidado com a Bound and Burned, porque depois dela você pode ser enterrado no quintal. 

Depois de aprendermos sobre a mutilação do cadáver com a brutal Slowly Sawn, a intensa e veloz Overtorture levará o ouvinte ao orgasmo através da tortura. Por fim, Cerements Of The Flayed mostra que, para o Cannibal Corpse, toda violência é inimaginável.