Review: "Black Sorcery Devotion" - Obscure Relic

Forjado na união entre as bandas Velho, Cold Night e Bloody Lifeless Castle, o Obscure Relic nos brinda com o frio, impiedoso e cheio de ódio álbum de estreia. Intitulado Black Sorcery Devotion, o disco foi lançado de forma independente nas plataformas digitais no dia 7 de janeiro.

Musicalmente o trabalho flerta com o som produzido por bandas clássicas dos anos 1990 como Satyricon, Mayhem e, principalmente, Dark Funeral. A influência dos suecos na música do Obscure Relic é perceptível graças ao trabalho preciso da dupla Deoarsprofanum e Død na execução de riffs odiosos e marcantes. 

Falando em ódio, eu não ouvia uma bateria tão brutal como a tocada por Splatter neste disco desde  os trabalhos primitivos Sarcófago. O baterista é uma verdadeira artilharia de guerra pronta para executar inimigos e espalhar o caos. Isto sendo muito bem acompanhado pelo baixo de Hellhammer. O porta-voz de toda esta fúria é Caronte, que vocifera versos sobre escuridão, satanismo e ira nas 12 músicas que compõem o disco.

Destaques para a matadora A Knight Called Disease e as brutais Vultures Fly Near e Shields Of Goathorns (Hail The Hords) com guitarras à lá Dark Funeral. Também a cadenciada In The Temples Of The Dark Lights Satan, Victorious! com seu refrão apoteótico - para mim a melhor do disco. Além de Ride The Winged Serpent e as pérolas obscuras do black metal The Seals Of Necrorevelations e The Last Storm Of Winter.

Black Sorcery Devotion ganhará versões físicas e limitadas no mês de março. Serão 300 cópias em vinil pela Obscuro Oculto; 500 cópias em CD digipack pela Blizzard Records e Kingdom Of Darkness Produções; e 150 cópias em fita K7 pela Morbid Ways To Die.

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