Uma das bandas mais aclamadas durante o auge do power metal, a Sonata Arctica sempre esteve na vanguarda desde a estreia com Ecliptica (1999). No entanto, como acontece com muitos de seus contemporâneos, os finlandeses experimentaram altos e baixos devido à saturação do gênero. Agora, o grupo liderado pelo vocalista Tony Kakko aposta em Clear Cold Beyond (via Reigning Phoenix Music/Shinigami Records) para agradar tanto os fãs mais tradicionais quanto aqueles que buscam algo novo.
E por que esse agrado? Bem, aqueles que acompanham de perto a música sabem o quão desafiadora é a vida de um artista que se consagra seguindo uma fórmula. Desde o início, os fãs mais fervorosos esperam que a Sonata Arctica continue a tocar aquele power metal pomposo imortalizado em álbuns clássicos. No entanto, a banda sempre optou por explorar novos caminhos - uma escolha que também era alvo de críticas e cobranças.
Ao escutarmos Clear Cold Beyond fica nítido que a banda tenha se perguntado: "Como criar um álbum que agrade a todos?". Para satisfazer os fãs mais ardorosos, a Sonata Arctica incorporou toda a fúria do power metal dos primórdios nas faixas "First In Line", "California" e "Shah Mat". Os fãs das antigas certamente não têm do que reclamar!
Por outro lado, quem busca uma variedade sonora mais ampla encontrará faixas interessantes como "Dark Empath", "A Monster Only You Can't See", a emotiva balada "The Best Things" e a dramática faixa-título que encerra o disco. Vale ressaltar que, 'escondida' entre essas, há uma faixa na linha power metal feliz chamada "Angel Defiled".
Oferecendo um trabalho para agradar a todos os fãs, a Sonata Arctica entrega um álbum que, se colocado em uma linha do tempo, parece mais próximo da banda em seus primeiros dias do que nos tempos atuais. Se isso é bom ou não, o próprio tempo dirá. Mas, por ora, podemos afirmar que Clear Cold Beyond é um bom disco.
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