Chega a ser criminoso que nós, simples mortais, possamos opinar sobre um álbum do Judas Priest. Apesar de não serem os pais do heavy metal, foram eles que definiram o gênero nos termos que o conhecemos. Com décadas de dedicação ao metal, seria compreensível se o Priest se contentasse com as glórias do passado e resolvesse descansar nos louros. No entanto, felizmente, a banda de Birmingham não está inclinada a seguir esse caminho, e a prova disso está nas 11 faixas de "Invincible Shield" (via Epic Records).
No décimo nono álbum de estúdio da banda, a produção de Andy Sneap se destaca mais uma vez. A influência do produtor é inegável nesse Judas Priest revigorado. Assim como em "Firepower" (2018), Sneap consegue extrair o melhor de Rob Halford (vocal), Richie Faulkner e Glenn Tipton (guitarras), Ian Hill (baixo) e Scott Travis (bateria). Aqui vale já destacar a entidade que é Halford. Mesmo com a idade avançada, o cara alcança notas altíssimas e mostra por que é chamado de Metal God.
Em termos comparativos, "Invincible Shield" soa melhor que o antecessor e, indo além, não seria exagero afirmar que este trabalho é o mais poderoso do Judas Priest desde "Painkiller" (1990). Tem dúvidas? Bem, ouça a abertura impiedosa composta por Panick Attack, The Serpent and the King, a faixa-título e As God is my Witness - esta parece que saiu diretamente da tracklist de "Painkiller".
Há um turbilhão de riffs sendo distribuídos ao longo do disco. A dupla Richie Faulkner e Glenn Tipton mostra tanto entrosamento que parece que tocam juntos no Priest desde a formação da banda. Devil in Disguise, Crown of Horns e Giants in the Sky são exemplos desse trabalho de guitarras. Mas no meio de tanto Judas clássico há também espaço para coisas mais sombrias e pesadas como Escape from Reality e Sons of Thunder.
Como eu escrevi no início do texto, chega a ser criminoso qualquer pessoa emitir uma opinião sobre um novo trabalho do Judas Priest. Mas, na minha humilde opinião, "Invincible Shield" é um disco do *******!!!
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