Review: "Unhealthy Mechanisms" - Go Ahead and Die

Que horas Max Cavalera descansa? A resposta para esta pergunta talvez nem ele saiba. Imparável, o vocalista/guitarrista, que recentemente revisitou os primeiros álbuns do Sepultura com o irmão Iggor Cavalera, ainda encontra tempo para tocar metal junto com o filho Igor Amadeus Cavalera. É nesse ritmo incansável que o Go Ahead and Die lançou o segundo disco intitulado Unhealthy Mechanisms (via Nuclear Blast/Shinigami Records).  

Com produção assinada pelo próprio Igor Amadeus, o disco traz uma mudança no line-up. Johnny Valles assume as baquetas no lugar de Zach “Antinom” Coleman. Liricamente, o álbum traz uma crítica feroz a sociedade e aborda também questões sobre saúde mental que, como bem disse Max em material promocional enviado à imprensa, ainda é um tabu. E tudo isso muito bem representado na excelente capa assinada por Santiago Jaramillo

Sem qualquer compromisso com a tranquilidade, o trio mergulha nas raízes mais primitivas do metal, criando um som que abraça todas as vertentes extremas. Elementos de thrash, death, black, punk, crust e hardcore se entrelaçam em uma profusão de influências, às vezes se fundindo para criar um som denso e robusto. Unhealthy Mechanisms se revela uma audição intensa - e até desafiadora para aqueles que não estão habituados a sonoridades tão brutais.

Mas, apesar disso, para quem busca algo inovador, Unhealthy Mechanisms é totalmente o oposto. O que encontramos aqui é praticamente a mesma coisa que encontramos em todos os outros trabalhos de Max & Cia. E isto não quer dizer que o álbum é ruim. Longe disso. Há boas músicas, como Desert Carnage, Drug O-Cop, No Easy Way Out, M.D.A. (Most Dangerous Animal), Cyber Slavery e a faixa título. Contudo, a sensação é de que a turma preferiu ficar na zona de conforto. 

Tá de bobeira e quer ouvir um som para passar o tempo? Vá de Unhealthy Mechanisms

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