Review: "Carpie Diem" - Saxon

Falar do Saxon é chover no molhado. São mais de 40 anos prestando serviços ao heavy metal. Um dos pilares da NWBOHM ao lado de Iron MaidenDef Leppard, os britânicos se mantêm ativos e lançando álbuns que ainda têm relevância na cena. E este é o caso de Carpie Diem (via Silver Lining Music/Heavy Metal Rock), 23º disco de estúdio da banda. 

Com produção assinada por Andy SneapCarpie Diem faz jus ao título. Longe de maiores pretensões - afinal, o Saxon não precisa provar mais nada para ninguém - o álbum tem como chamariz a simplicidade. As músicas são diretas e retas, sem espaço para invencionices e maiores ambições. 

Ao adotar a fórmula arroz com feijão, a banda deve sofrer com as críticas pela falta de novidades. Mas cá entre nós: será mesmo que Biff Byford & Cia. querem reinventar o metal? Se for olhar a discografia recente com Sacrifice (2013), Battering Ram (2015) e Thunderbolt (2018), a resposta é não. 

Após uma breve introdução, Carpie Diem explode nos ouvidos de forma arrebatadora. Paul QuinnDoug Scarratt executam riffs maravilhosos acompanhados pela cozinha incansável de Nibbs Carter (baixo) e Nigel Glocker (bateria). O destaque absoluto fica, claro, por conta de Byford. No auge do seus 71 anos, o vocalista segue cantando de forma esplêndida - e a tarefa se torna mais satisfatória ainda com Biff totalmente recuperado dos problemas cardíacos que teve em 2019. 

Com riffs inspirados e um metal tradicional afiadíssimo, o disco tem outros destaques como Dambusters, Remember The Fallen, Super Nova, All For One, Black Is The Night e Living On The Limit

Totalmente à vontade na zona de conforto, o Saxon se mostra eficiente em Carpie Diem. Entre a superação dos problemas de saúde de Byford e a instabilidade no cenário da pandemia de covid-19, a banda quis apenas "aproveitar o dia" com o novo álbum. E conseguiu. 


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