Um dos principais nomes desta nova onda do black metal, o Djevel volta a guiar nossos pensamentos mais obscuros em Tanker Som Rir Natten. O novo trabalho dos noruegueses foi lançando na última sexta-feira, dia 14, pelo selo Aftermath Music.
Junto com os poloneses do Mgła e os americanos do Uada, por exemplo, o Djevel deu uma nova roupagem ao estilo. A música soa mais atmosférica, niilista e carregada de melodias soturnas. As letras abordam reflexões existenciais mais profundas e versam, também, sobre escuridão e morte.
Neste sétimo álbum de estúdio, o trio formado por Kvitrim (baixo/vocal), Trond Ciekals (guitarra/vocal), Bård Faust (bateria) explora todo esse universo lúgubre e negro. São seis composições distribuídas em pouco mais de 55 minutos de música.
Englene Som Falt Ned I Min Seng, Skal Jeg Sette Fri Med Brukne Vinger Og Torneglorier abre o trabalho com muitas mudanças de andamento alternando cadência e brutalidade. Os riffs soam os mais dilacerantes possíveis e os vocais de Kvitrium transbordam angústia.
O mesmo segue em Maanen Skal Være Mine Øine, Den Skinnende Stierne Mine Ben, Og Her Skal Jeg Vandre Til Evig Tid. Primeiro e único single do disco, a música tem como destaque os vocais limpos de Ciekals e a bateria de Faust com muitas variações rítmicas.
Na sequência, En Krone For Et Øie Som Ser Alt, Tusind Torner For En Sønn Som Var Alt é a melhor do álbum. O riff fúnebre que abre a música desfaz o véu da noite e mostra o caminho para uma jornada aflitiva pela mais profunda escuridão e misantropia.
Tanker Som Rir Natten, a belíssima faixa-título, traz elementos acústicos da era primitiva dos conterrâneos do Ulver. Ela cede espaço para a última valsa torturante em Naar Maanen Formørker Solen I En Dødelig Dans, Ber Jeg Moder Jord Opp Til En Siste Vals. Encerrando o disco, Vinger Som Tok Oss Over En Brennende Himmel, Vinger Som Tok Oss Hjem ficou aquém das demais.
Se em Ormer Til Armer, Maane Til Hode (2019) os noruegueses apresentaram um raw black metal, em Tanker Som Rir Natten a banda explorou uma sonoridade mais "limpa". Mas fique calmo: o clássico Djevel está aqui!
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