Um ano após o lançamento do debut autointulado, o power trio recifense de grindcore Exsim está de volta vociferando contra o caos em nosso país. Entre Máquinas foi lançado de forma independente no último mês de abril e só foi possível graças à Lei Aldir Blanc do Estado de Pernambuco.
Gravado no Estúdio 1, em Olinda (PE), o álbum teve Rodrigo Bnery responsável pela capitação de áudio, mixagem e masterização. A concepção estética é assinada por Joelhos de Velho.
A banda formada por Maria Alice (baixo), Marcella Tiné (bateria) e Thyago Silva (vocal/guitarra) traz à tona uma sonoridade totalmente caótica e desconcertante em Entre Máquinas. O trabalho soma, ao todo, menos de sete minutos de uma pura e, acredite, agradável estranheza musical.
Foto: Divulgação |
Totalmente anárquico, o som executado pelo Exsim é acompanhado por letras com fortes críticas ao cenário nacional. Tradição, por exemplo, grita contra o machismo ainda enraizado em nossa sociedade. O fanatismo neopentecostal é abordado em Cabeças Cortadas. Reflexões sobre o fardo diário que é viver no meio de tanta lama são feitas em Menos Um Dia e Sobre Viver.
A palatável desordem praticada pela banda em Entre Máquinas é muito mais que mera barulheira. Com letras escritas em formato de poesia, o Exsim se expressa de forma precisa e urgente contra o cenário atual de pandemônio social e moral.
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