Review: "Death Miasma" - Outlaw

É inegável o quão prolífera é a atual cena de black metal. Entre tantos nomes que têm se destacado recentemente, o Outlaw está entre eles. Tendo iniciado sua jornada pelos caminhos mais nefasto da escuridão em 2014, a banda mantém acesa a chama luciferiana em seu novo ato denominado Death Miasma (via Drakkar Brasil). 

Sucedendo o muito bem recebido The Fire In My Tomb (2020), Death Miasma traz um Outlaw em três peças inéditas e uma releitura para The Anti Kosmik Magick, do The Devil´s Blood. Musicalmente o black metal executado pela banda nos remete aos mestres suecos do Dissection - há, também, similaridade com os contemporâneos do Mgła

Inicialmente como um projeto one man bande D., o Outlaw hoje abriga seres obscuros de diferentes países como BrasilItália FinlândiaDeath Miasma foi produzido remotamente e chama atenção pela qualidade na produção e mixagem final. 

Foto: Divulgação

Abrindo EP, o quarteto formado por D. (guitarra e vocal), B. (guitarra), A. (baixo) e T. (bateria) põe as cartas na mesa com The Unending Night. Este ato caótico resume bem as características da banda: riffs ásperos e dilacerantes, vocais inquietantes e doentios, e uma cozinha muito técnica. O apocalipse sonoro se mantém na diabólica e atmosférica The Serpent's Chant. 

Agonia e ódio dão o tom na faixa-título. Destaque para T. com um insano trabalho de bateria e para D. e B. despejando os riffs mais contundentes possíveis. O EP se encerra com o honroso cover para The Anti Kosmik Magick, do The Devil´s Blood.

Uma obra digna e necessária para aqueles que vagam pelos caminhos mais tortuosos da escuridão e do luciferianismo. 

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