Após um hiato de 13 anos desde o lançamento de " ... e o mundo de lá", o Braia, projeto paralelo do multi-instrumentista Bruno Maia (Tuatha de Danann), acaba de lançar o segundo disco. Chamado " ... e o mundo de cá", o álbum é uma celebração à música brasileira, à música irlandesa e ao rock progressivo.
Com produção a cargo do próprio Maia, " ... e o mundo de cá" começou a ser gravado ainda em 2015, no Braia Studios, em Varginha (MG). Thiago Okamura ficou responsável pela mixagem e masterização. A belíssima capa é assinada por Carlos Arias. A base do Braia - além de Bruno - conta com Rafael Castro (teclados), Anderson Silvério (baixo), Fabrício Altino (bateria) e Alex Navar (gaita de fole).
Dotado de um talento musical acima da média, Maia entrega o que prometeu. " ... e o mundo de cá" passeia pelo baião, samba, ijexá, viola caipira, "mineiridade bucólica", música irlandesa e pelas as frases quebradas típicas do progressivo. A paleta variada de estilos torna a audição do disco um evento único. Uma viagem pelo que tem de melhor no Brasil e na Irlanda.
Desde as primeiras declarações sobre o disco, o músico já afirmava que o novo do Braia seria um diálogo instrumental entre os dois países. E este diálogo pode ser conferido na dobradinha Diadorina, com melodias e harmonias agradáveis; e Trem do Rio, um samba celta de fazer suspirar! Pai Ambrósio, Capão da Traição e Tira-Couro são outras que carregam a mescla Brasil e Irlanda.
Outros destaques são Sabarabuçu, Rio das Mortes, Um Besouro na Esquina e Tempos Idos (2021), uma excelente versão atualizada da música de mesmo nome presente em " ... e o mundo de lá".
"... e o mundo de cá" conta com as participações mais do que especiais de Edgard Brito, Giovani Gomes e Nathan Viana, parceiros de Bruno no Tuatha; da cantora Daiana Mazza, que já participou do Braia; do guitarrista Kiko Shred; de Kane O'Rourke; e de Felipe Andreoli, baixista do Angra.
Só tenho a agradecer aos deuses (seja eles quais forem) por viver na mesma época que Bruno Maia. " ... e o mundo de cá" é de uma sutileza e beleza ímpar. Valeu a espera de 13 anos por este segundo trabalho do Braia.
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