O Gojira vem chamando a atenção desde o lançamento do álbum de estreia, Terra Incognita, em 2001. De lá para cá, o quarteto francês despontou como um dos principais nomes do metal contemporâneo. Agora, 20 anos depois, a banda mostra toda sua maturidade e versatilidade em Fortitude (via Roadrunner Records).
Com produção assinada pelo guitarrista/vocalista Joe Duplantier - também responsável pela capa -, Fortitude condensa uma gama muito maior de influências na música do Gojira. Além da tradicional mescla de progressivo/groove e death metal, o álbum traz elementos de post-metal, alternativo e até nu metal. Em uma associação rasa, o som se assemelha ao Sepultura moderno.
Esta proximidade com a sonoridade dos brasileiros é evidente em Amazonia, que foi lançada como segundo single. A música é um protesto contra as queimadas que torram hectares e mais hectares da floresta. A arrecadação com o videoclipe é destinada à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que defende os direitos ambientais e culturais das tribos indígenas da Amazônia.
O "experimentalismo" musical em The Chant engloba referências que transitam entre o stoner e o grunge; já em The Trails, a veia alternativa é impulsionada por riffs com toques de nu metal. Para quem gosta do Gojira progressivo, ouça Hold On e Into The Storm; o groove pode ser conferido em New Found. Já os saudosistas vão gostar de Born For One Thing, Sphinx e Grind com seu final apoteótico.
Rico em musicalidade, Fortitude é um disco que foge dos rótulos. É impossível encaixá-lo dentro de um estilo único. O nível técnico e maturidade alcançado por Joe Duplantier (vocal/guitarra), Christian Andreu (guitarra), Jean-Michael Labadie (baixo) e Mario Duplantier (bateria) permite que o Gojira explore o metal na extensão do seu significado.
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