A união entre os vizinhos Adrian Smith (Iron Maiden) e Richie Kotzen (The Winery Dogs, ex-Mister Big e ex-Poison) rendeu muito mais que trocas de memes no WhatsApp. Os músicos combinaram seus talentos como guitarristas, vocalistas e compositores e deram origem ao projeto chamado de Smith/Kotzen. O primeiro full-lenght do duo chega ao mercado pela BMG.
Gravado na tropical - e até então desconhecida por mim - Ilhas Turcas e Caicos, no Caribe, o trabalho apresenta uma gama variada de estilos que passa pelo hard rock tradicional e clássico, blues, R&B, com muita influência dos anos 1970. A mixagem ficou por conta de Kevin Shirley (Iron Maiden) e a produção ficou dividida entre Shirley, Smith e Kotzen.
A abertura com Taking My Chances, que foi lançada como primeiro single, deixa explícito o óbvio: o trabalho é, claro, voltado para as guitarras. Ao longo das nove faixas que compõem o disco, Smith e Kotzen despejam riffs e solos cheios de feeling, peso, técnica e virtuosismo. A sequência com Running não deixa dúvidas sobre isso.
Smith e Kotzen (Foto: John McMurtrie) |
Adrian sempre mostrou seu talento - disposição e vontade - para cantar desde os seus tempos de Urchin. E aqui, ao lado de Kotzen, com quem divide os vocais, Smith finalmente pôde soltar a voz e explorar de forma definitiva toda sua veia hard rock. Richie dispensa comentários como vocalista.
Como convidado especial, o excepcional Tal Bergman (Billy Idol, Sammy Hagar, Joe Bonamassa e etc) empresta seu talento com as baquetas nas três faixas que encerram o disco: You Don’t Know Me, I Wanna Stay e Til Tomorrow (com refrão grudento). Outro convidado nas baquetas é Nicko McBrain (Iron Maiden), que empregou todo seu groove característico em Solar Fire - para mim, a melhor do álbum.
Em termos gerais Smith/Kotzen não apresenta nada de extraordinário, mas é um ótimo álbum produzido por vizinhos moradores de Los Angeles, fãs de hard rock e que queriam tocar suas guitarras.
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