Alice Cooper está de volta! Quatro anos após o lançamento o disco Supernatural, Cooper volta à cena com Detroit Stories (via earMUSIC), seu vigésimo primeiro álbum de estúdio. Como o título sugere, o trabalho resgata as raízes musicais do cantor em uma homenagem à efervescente cena musical local.
Isto posto, Detroit Stories deve ser tratado como um disco festeiro, sem grandes pretensões. O clima nas 15 faixas que compõem o álbum é alegre, para cima. Se você espera por algo mais sério e compenetrado, espere o próximo. Por outro lado, o total de faixas é um problema para o trabalho em um todo.
Entretanto, Detroit Stories soaria mais natural se tivesse uma tracklist mais enxuta. Em determinado momento as músicas parecem repetitivas - mesmo que abrangendo um leque variado de estilos. Se tivesse 10 músicas o trabalho seria mais impactante e causaria uma vontade maior de escutá-lo novamente.
Veja bem, caro leitor. O álbum não é ruim. É bom. Mas ele poderia surpreender muito mais se fosse mais curto. Detroit Stories é um disco para ouvir em uma social com os amigos - difícil em tempos de pandemia, né? - ou enquanto você se ocupa com alguma tarefa. Parar única e exclusivamente para ouvi-lo pode tornar a missão um pouco maçante.
Ao lado de um seletíssimo grupo de músicos de Detroit, Cooper passeia por todo espectro musical que fomentou aquela cena. Na audição encontramos blues, R&B, punk, hard rock, rock 'n' roll e pouco de twist. Por conta desta gama enorme de estilos, este fatalmente é o álbum mais eclético da carreira do cantor.
Destaques para Rock 'n' Roll, um excelente cover de Velvet Underground com luxuosos solos de Joe Bonamassa; a perigosa e punk Go Man Go; o rock soft com toques de twist em Our Love Will Change The World. $1000 High Heel Shoes flertando com a black music com muito groove e um arranjo de metais incrível; Detroit City 2021 e seus elementos mais próximos do heavy metal; e a trinca I Hate You, Sister Anne e Shut Up And Rock.
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