Review: "The Awakening" - Kamelot

Apesar de apreciar o famigerado sympho metal, o Kamelot, um dos maiores representantes do estilo, nunca esteve na minha lista de prioridades. Apesar disso, sempre escutei os lançamentos da banda e não seria diferente com o novíssimo The Awakening, que chega ao mercado nacional via Shinigami Records

Tendo vivido seu período áureo no início dos anos 2000 com a trinca Epica (2003), The Black Halo (2005) e Ghost Opera (2007), a banda americana foi se acomodando - afinal, em time que está ganhando não se mexe. Com isso, o diferencial que fazia do Kamelot um ponto fora da curva naquele período foi se perdendo nos discos seguintes. 

A saída de Roy Khan e a entrada de Tommy Karevik em 2012 poderia ser o gás que faltava, mas não foi bem assim. Apesar de sangue novo, os discos lançados mantinham as mesmas estruturas e as mesmas fórmulas sem muita criatividade - fato este amplamente percebido no bom The Shadow Theory (2018) . Chegamos em 2023 e em The Awakening

Tecnicamente nem tem o que discutir sobre a capacidade da banda. Mas após ouvir e reouvir o disco, continuei com a mesma sensação: ele não engrena. Mesmo que individualmente faixas como The Great Divine, One More Flag in the Ground, Opus of the Night (Ghost Requiem), Bloodmoon, New Babylon tenham destaque, o disco como um todo parece não funcionar. Existe a expectativa, mas (pelo menos para mim) ela não é suprida. 

Se colocarmos uma lupa apenas nos trabalhos recentes, The Awakening é um sinal de que o Kamelot ainda entende do riscado e sabe como fazer esse negócio chamado sympho metal. Só me resta esperar o próximo álbum para ver se finalmente a banda engrena novamente. 

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