O leste europeu sempre foi um campo fértil para a proliferação de hordas praticantes do black metal. E é de lá, mais precisamente da Hungria, que chega Vámpír (via Metal Ör Die Records), primeiro álbum da one-man band Denevér.
Idealizado pelo multi-instrumentista Tibor Terebesi (Aornos, Mabthera e Velm), a proposta do Denevér é muito simples: executar um black metal primitivo, cru, ríspido e com riffs que parecem ter saído direto dos anos 1980/1990. Logo, é inevitável a associação com os conterrâneos do Tormentor e os italianos do Mortuary Drape.
Vámpír reúne todos os elementos que lhe credenciam como um grande disco - e bastou apenas uma audição para que eu chegasse a esta conclusão. E ao escutá-lo mais vezes para esta resenha, não mudo uma linha sequer da minha conclusão.
Ao apostar em uma produção mais limpa (fugindo do óbvio no estilo), o Denevér tem no trabalho de guitarra o seu maior trunfo. Gélidos, cortantes e com uma certa dose de melodia, os riffs são, sem dúvidas, os grandes destaques em Vámpír - vale destacar que Terebesi teve a companhia de Tátrai Csaba nas seis cordas em algumas canções.
Mesmo sendo cantado na língua materna da banda, não é difícil perceber que toda a temática do álbum trafega entre o vampirismo e histórias de terror. Musicalmente, todas as faixas são excelentes, mas, para destacar algumas, recomendo uma atenção especial em A Vámpírok Korszaka, Éledj Vezér!, Átváltoztatás, Báthory Erzsébet, Éjjel Aaz Erdőben e Érzem a Félelmed.
Forjado nos castelos mais sombrios do leste europeu, Vámpír é, de fato, uma aula de como se fazer black metal.
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