Review: "Mortem Solis" - Krisiun

As trombetas do apocalipse soaram para anunciar a chegada de Mortem Solis (via Century Media), novíssimo trabalho do Krisiun. O 12º disco de estúdio do trio de ferro formado por Alex Camargo (baixo/bateria), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria), o trabalho foi gravado no Family Mob, em São Paulo, e tem a mixagem e masterização assinada por Mark Lewis

Quando os singles Sworn Enemies e Serpent Messiah saíram, qualquer pessoa em sã consciência sabia o que estava por vir. E veio. Brutal do primeiro ao último minuto, Mortem Solis reúne todos os pré-requisitos para um álbum de death metal. Até aí já estaria tudo lindo, mas o jeitinho nada singelo do Krisiun fazer o som é que torna o trabalho diferente. 

O liquidificador humano segue ligado na potência máxima em Sword In Flesh. O "respiro" vem na cadenciada Necromanical, mas a "calmaria" vai até a página dois, porque o trio mete novamente o liquidificador na tomada sem qualquer misericórdia. Tomb Of The Nameless é uma AULA de death metal e mostra por que o Krisiun é o Krisiun

Comentar individualmente sobre a banda é chover no molhado, mas é impossível não destacar a performance de Max Kolesne. Eu, na posição de um baterista frustrado, fico abismado com o que este cidadão faz sentado no kit

A apoteótica vinheta Dawn Sun Carnage abre as portas para que verdadeiros hinos de destruição sejam entoados. Temple of the Abattoir (a minha favorita do disco), War Blood Hammer, As Angels Burn e Worm God são peças únicas que serão lembradas para sempre na história da banda.

Baluarte no "esporte metal morte" (como diria Caio Augustus, do Desalmado), o Krisiun virou referência no estilo graças à consistência e solidez dos discos lançados até então. Seria fácil, à essa altura do campeonato, abraçar a zona de conforto e viver da reputação alcançada. Contudo, a banda mostrou em Mortem Solis que o tesão em fazer death metal segue o lá no alto. 

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