Review: "Timeless" - Viper

Além da espera de 15 anos por um álbum de inéditas, o fã do Viper teve que segurar a ansiedade mais um pouco antes que Timeless (via Wikimetal Music) finalmente viesse à luz. Originalmente previsto para 2022, inúmeros percalços adiaram o lançamento do disco que, enfim, está entre nós. 

Uma primeira percepção ao ouvir Timeless é que, com perdão do trocadilho, tem pra todo mundo. As 11 faixas do álbum percorrem toda a discografia do Viper, numa espécie de tributo à própria carreira. Isto é notório na abertura em Under The Sun, que tem uma pegada à la Theatre Of Fate, e em The Android (com vocais de Pit Passarell), que passeia pela fase Evolution

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Além do lendário Pit, Felipe Machado e Guilherme Martin formam a "velha guarda" do Viper. Os não tão novatos Leandro Caçoilo (vocal) e Kiko Shred (guitarra) completam o line-up e debutam em estúdio com a banda. A produção de Timeless é assinada pelo renomado Maurício Cesorsimo. Hugo Mariutti, Yves Passarell e Daniel Matos (irmão do Maestro Andre Matos) participam do disco. 

O álbum segue com The War e Angel Heart. Ambas apresentam uma roupagem mais moderna, sendo a primeira com umas linhas vocais que, em alguns momentos, me lembraram o Metallica moderno. O power metal com melodia feliz volta com Light In The Dark, numa interpretação extraordinária de Caçoilo ao longo da faixa. Uma das melhores do disco! 

Os desavisados podem estranhar a faixa Thais no meio da tracklist. No entanto, se formos analisar friamente a proposta do Viper neste trabalho, ela faz total sentido no contexto do disco. Por fim, a belíssima instrumental Reality coloca um ponto final emocionante em Timeless.  

Timeless é um álbum que vai atender às expectativas dos fãs, oferecendo a eles um passeio nostálgico por momentos memoráveis da carreira da banda, ao mesmo tempo em que demonstra uma modernização sonora. A espera valeu a pena. Vida longa ao Viper

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