Review: "Cleopatra VII" - Medjay


Pirâmides, esfinges, tumbas, sarcófagos, faraós e muito esplendor. O Egito Antigo exerce um enorme fascínio na civilização moderna, com suas histórias repletas de mistérios e personagens icônicos. Uma dessas personagens, Cleopatra VII, rainha egípcia mais célebre da História, é destaque novo álbum do Medjay

Novata na cena, a banda mineira já havia causado burburinho com o debut Sandstorm (2020). Além da temática, a sonoridade mesclando power metal com melodias do oriente médio trouxeram ainda mais destaque para música do Medjay. Vale destacar que o álbum teve a chancela de Rafael Bittencourt, do Angra

Com ótima aceitação do público e da crítica (tanto nacional quanto a internacional), o Medjay pôde com um certo conforto se concentrar na criação da sua nova obra.  Quem acompanha as redes sociais da banda e não ficou empolgado com as informações que surgiam sobre Cleopatra VII é, no mínimo, maluco. 

E se de fato um bom produto começa pela capa, a arte assinada pelo mago Rômulo Dias cheia de referências à cultura egípcia faz o Medjay largar com uma certa vantagem. Mas como aqui o carro-chefe é a música, ela também não fica atrás. 

Em Cleopatra VII o que predomina é o vigor do power metal que pode ser conferido em riffs poderosíssimos nas faixas Shemagh in Blood, Warrior People e Mask of Anubis (que de alguma forma me lembrou Perpect Strangers, do Deep Purple). Outro destaque é a imponente faixa-título riquíssima em texturas, variações rítmicas e um trabalho impecável na orquestração.

O álbum ainda conta com as participações da cantora árabe Oula Al-Saghir em Magic of Isis; May Puertas (Torture Squad) mostrando toda sua versatilidade vocal em Sarcophagus; e da prodígio Mafra em Ankhesenamon.

Idealizado pelo baixista, historiador e filósofo Samuka Vilaça ao lado dos companheiros Phil Lima (vocal e guitarra), Freddy Daniels (guitarra) e Riccardo Linassi (bateria), o Medjay - se mantiver essa pegada -navegará em águas tranquilas do Rio Nilo por muito tempo.

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