Nesses tempos de isolamento onde sobra tempo para pesquisas, tenho me deparado com coisas maravilhosas principalmente no bandcamp. Numa manhã qualquer entre uma xícara de café e outra, dei de cara com o Chumbo. Natural de São Paulo, a banda acaba de lançar o primeiro disco autointitulado.
O visual impacta logo de cara, emulado diretamente dos anos 1980, mas é quando o som começa a rolar que o negócio fica sério! Ao trazer para o século XXI toda a nostalgia do século passado, a música executada pelo Chumbo é um resgate do período jurássico do metal.
A gama de influência é vastíssima, passando por nomes como Brats (pré-Mercyful Fate), Mercyful Fate, Pentagram, Black Sabbath, Satan, Thin Lizzy, Plasmatics, Alice Cooper, Kiss, Motörhead, Tank, The Sweet, Lucifers Friend, Lizzy Borden, Metal Church, Saxon, Maniac, Metalucifer, Crossfire e Inepsy.
É impressionante o poder que este álbum tem de mexer com o sentimento mais saudosista dentro de cada um de nós. Para aqueles que viveram a cena, Chumbo é um prato cheio para a memória afetiva. E para quem não viveu - como é meu caso - o disco funciona como uma espécie de máquina do tempo, dando a oportunidade de viver todo aquele período efervescente.
Rodolfo "Aço Selvagem" Paes (vocal), Leandro "Crazy Dog" Patrício (baixo), Lucas "Lion's Creak" Vieira (bateria) e Gustavo "Satanik Ripper" Durães (guitarra) mostram que o saudosismo por vezes não é esse demônio que todos pintam ser.
Que maravilha é ouvir este disco e imaginar os primórdios da Galeria do Rock, todas as icônicas casas de show de São Paulo e etc. Aliás, qualquer música do álbum poderia facilmente figurar em uma das edições do clássico SP Metal.
O negócio é tão retrô que saiu em uma limitadíssima tiragem de 120 cópias em K7. Caso você não consiga adquirir a sua, é só correr lá no bandcamp dos caras para ouvir. Não invente desculpa. Ouça!
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