Review: "Parasite" — The Damnnation



Fundado em 2019 por Renata Petrelli e Cynthia Tsai — que depois deixou a banda — , o The Damnnation vem na esteira da Nervosa com a proposta de um power trio vigoroso, abrangendo um espectro sonoro amplo dentro do metal, embora tenha o thrash/death metal como fio condutor.

Estabilizado com Renata Petrelli (vocal/guitarra), Aline Dutchi (baixo) e Leonora Mölka (bateria) e cercado de expectativa, o The Damnnation lançou seu aguardado EP de estreia intitulado Parasite, pela Xaninho Discos, nas principais plataformas de streaming.

Composto por quatro música, o EP é um passeio pelas principais influências da banda que transitam entre Testament, Nervosa e Sepultura (época do Chaos AD), por exemplo. Aliás, a inspiração dos veteranos mineiros no som do The Damnnation é bem explícita quando Petrelli começa a cantar. De imediato nota-se semelhanças entre seu estilo com aquele executado por Max Cavalera em sua época de ouro.

World’s Curse inicia os trabalhos de forma soberana com um riff lento e pesado, que ganha ritmo e poder antes de chegar no seu forte refrão. Uma faixa bem trabalhada com uma pegada de groove metal em algumas passagens.

A faixa seguinte, Apocalypse, apresenta mais um trabalho soberbo de guitarra, com riffs que grudam de imediato. Assim como seu refrão apocalíptico (aha!) — quero ver você não cantarolar a melodia depois de escutá-la. Esta com certeza será muito bem aceita nos shows e consigo imaginar o imenso liquidificador humano que será a pista!

O que se nota nesses minutos iniciais do EP é que a banda trabalha de forma coesa e precisa, como deve ser. O cuidado com as composições, concepção lírica — abordando questões sociais e humanas — e arranjos merecem aplausos. Este capricho faz com que o trabalho soe de maneira impressionante.

Voltando às músicas, Parasite, a faixa que dá nome ao EP, chega com um dedilhado e cresce para com uma pegada forte boa para bangear. O encerramento fica por conta de Unholy Soldiers com destaque para a cozinha formada por Dutchi e Mölka. Enquanto a baixista executa linhas ótimas em seu instrumento, a baterista marca todo andamento de forma primorosa e com excelentes grooves.

Mesmo não chegando nem a 20 minutos de música o EP cumpre bem seu papel e abre as portas para uma banda que promete — e já está pronta para — alçar voos altíssimos no cenário metal.

Parasite foi gravado, mixado e masterizado no Flight Estúdio, em Guarulhos (SP), e contou com produção de Rogério Oliveira. A belíssima capa ficou a cargo do artista Alcides Burn.

...

OUÇA O DISCO





Comentários