Review: "Blood, Violence & Blasphemy" - Krushhammer


Que Minas Gerais é o maior antro de bandas extremas deste País ninguém discute. Terra de nomes icônicos como Sepultura, Holocausto, The Mist, Witchhammer e, claro, a instituição máxima chamada Sarcófago, o estado mantém a vocação de revelar incríveis bandas para a cena. E este é o caso do Krushhammer, que lançou o primeiro full intitulado Blood, Violence & Blasphemy (via Helldprod Records).

Formada pelos maníacos Marcel Krusher (vocal), Bruno Nekroluficer (guitarra), Alberth Desecrator (baixo) e Philippe Hellish (bateria) em 2017, a proposta do Krushhammer é executar um metal subversivo, perverso e perturbador. O primeiro ato do caos foi o EP Speed Blacking Hell (2019). Agora, o quarteto de Belo Horizonte eleva o tom e marcha rumo à Batalha Final neste novo artefato.

O pandemônio se inicia com Morbid Future, um speed/black/thrash visceral e digno de nota. A sequência com Apocalyptic Cult prova que o Krushhammer é, sem dúvidas, o mais novo represente de Lúcifer na Terra. Evil Domain é direta e reta no recado: o mal nunca morre! Sem nenhum tipo de concessão ou firula, o cataclisma sonoro segue com a instrumental Sorcery Rites; e a obscura The Witcher fecha a primeira metade do álbum. 

Tecnicamente é indiscutível o poder de fogo da banda. Os riffs cortam como facas prontas para o suicídio e os vocais evocam forças ocultas em urros sobrenaturais. Mas o maior destaque fica para a 'cozinha'. Enquanto a bateria funciona como máquina de guerra, o baixo executa linhas memoráveis e perfeitamente audíveis graças à mixagem assinada por Ivi Kardec

A selvageria segue com as impetuosas In The Night e Born To Blasphemy. Já Find The Undead e Try Suicide soam como se o proto Slayer e o Nifelheim se encontrassem pelos becos mais nefastos do submundo das sombras. O último ato vem por meio do hino Satanic Fire - impossível não entoar a plenos pulmões o refrão 'Satanic Fire - 666'!

Com Blood, Violence & Blasphemy o Krushhammer garante um lugar de honra à esquerda de Satã

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