Quando eu imaginava que 2022 terminaria sem grandes surpresas, eis que Satan Claus me traz um belíssimo presente de Natal. Ao me deparar com The Art Of Failure, primeiro álbum da one-man band Eu Me Tornei o Sol, o fascínio foi imediato.
Todos os elementos apresentados pela banda são incríveis. Não existe a menor possibilidade de uma banda chamada Eu Me Tornei o Sol ser ruim. Não existe, também, a menor possibilidade de um álbum chamado The Art Of Failure ser ruim.
Se isso não bastasse, a belíssima capa e a track list despertaram ainda mais minha curiosidade sobre o disco. Destaque para as faixas Posthumous Memoirs Of Brás Cubas (Epitaph Of A Small Winner) e - preste muita atenção! - um cover para Killing Me Softly With His Song (sim, AQUELA!) despertaram ainda mais minha curiosidade sobre o disco.
Mas de nada adiantaria todo esse impacto visual e lírico se a música não acompanhasse a toada. E ainda bem que ela acompanha. Em Penance, faixa que abre o álbum, eu tive certeza de que The Art Of Failure era um discaço! O trabalho como um todo lembra um pouco a proposta do Mayhem no Grand Declaration Of War. Prestem atenção no arranjo orquestral em The Dark Orchestra And The Unbearable Solitude!
O álbum segue com as ótimas Neverending Climb To Enlightenment e Through The Glass And Beyond That Hill. E chega ao ápice com a dobradinha final composta por duas peças únicas: Posthumous Memoirs Of Brás Cubas (Epitaph Of A Small Winner) e Killing Me Softly With His Song (sim, AQUELA!).
A primeira surgiu em um desafio proposto por um seguidor que propôs que a banda cantasse o enredo do clássico literário Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis, 1881). O resultado ficou incrível! Já a segunda, nada mais é do que uma versão BLACK METAL para a icônica música escrita em 1971 por Charles Fox, Norman Gimbel e Lori Lieberman, e eternizado originalmente na voz de Roberta Flack.
(N.R.: Killing Me Softly With His Song está disponível para audição apenas no Bandcamp.)
Através do Metal Archives pude chegar à mente brilhante por de trás do Eu Me Tornei o Sol. Trata-se do jornalista, escritor, game designer e, claro, músico Marcelo Collar. Nem sei se ele vai ler este texto, mas eu me sinto na obrigação de dizer: muito obrigado por este artefato precioso e belo!
OUÇA O DISCO:
Dale! Muito obrigado pelo espaço! :D
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