Review: "Foregone" - In Flames

Enquanto a cena escandinava vivia o caos com o surgimento do black metal norueguês no alvorecer da década de 1990, o In Flames dava os primeiros passos no país vizinho, a Suécia, com uma proposta que ia contra aquilo praticado na Noruega. Desta forma, ao lado de outros vanguardistas como At the Gates e Dark Tranquility, o In Flames deu vida ao estilo batizado de melodic death metal, ou simplesmente Gothenburg Sound.  

Três décadas se passaram e deste então o In Flames produziu 13 álbuns de estúdio. Todos os lançamentos tem como ponto comum a busca pelo diferente, ou seja, a banda abriu mão da zona de conforto e preferiu explorar novos caminhos a cada disco lançado. Isto, claro, desagrada uma parcela dos fãs, que torce no nariz pela aproximação da banda com o mainstream - aproximação esta resultante da competência musical e não "por terem se vendido". 

Mas enquanto uns torcem o nariz, outros (e novos) fãs abraçaram a banda mantendo-a como um dos alicerces do estilos que ajudaram a criar. E desta forma, tentando se manter em uma meio termo - mais metal mas mesmo assim olhando para o futuro -, o In Flames lançou o 14º álbum chamado Foregone (via Shinigami Records). O disco marca a estreia/efetivação do guitarrista Chris Broderick e do baterista Tanner Wayne

Tem de tudo no álbum. Tem In Flames como nos primórdios? Tem sim, senhor. As faixas State Of Slow Decay (antecedida pela linda intro acústica The Beginning Of All Things That Will End) e The Great Deceiver alimentam aqueles ávidos pela sonoridade de outrora. Por outro lado, canções como A Dialogue In b Flat Minor e Cynosure mostram uma conexão com a musicalidade mais recente da banda, sendo ambas bem modernas - Bleeding Out segue nesta mesma linha. Outros destaques são Meet Your Maker e a assombrosa Foregone Pt.1 e Pt.2. 

Em Foregone, o In Flames entrega um disco capaz de agradar gregos e troianos, mas que não estará imune às críticas que certamente virão. No entanto, é louvável a coragem (que vem com a banda desde a fundação) de romper com o status quo e seguir fazendo música seja ela embalada por qual rótulo. 

...

Se você curte o trabalho da Soundhouse_BR contribua para que ele continue crescendo. Colabore com QUALQUER VALOR pelo PIX contatosoundhouse@gmail.com

Comentários